Nefoedd (Reescrito): Capítulo 19

Epílogo

 

 

Salão do Trono do Palácio de Valhala estava repleto de NPCs ajoelhadas. No começo dos degraus, estavam os Guardiões do Templo ajoelhados, sentido a imponente aura divina do homem que ocupava o Trono da Onisciência, Hlidskialf.

 

Freyr estava usando um conjunto completo de armadura dourada sob um luxuoso tabardo vermelho bordado com símbolos sagrados. Não usava elmo, mas por causa da radiante auréola de luz atrás de sua cabeça, quase ninguém conseguia olhar diretamente para ele.

 

Porque, tentar olhar para Freyr era o mesmo que tentar olhar para o Sol.

 

Suas asas de penas douradas estavam dobradas, parecendo um luxuoso manto de penas de ouro.

 

Além dos Guardiões do Templo, muitos servos de alta posição de cada templo estavam presentes, ocupando o salão. Vendo pela primeira desde suas criações, aquele qual criou Godheim e governo sobre os outros deuses fundadores.

 

Para esses NPCs não havia maior recompensa do que estarem na presença daquele qual dedicam sua fé, seu Deus.

 

Freyr que estava parado como uma estátua reluzente de um guerreiro imortal moveu suas asas, estendendo-as para cima e com um pensamento diminuiu o brilho da luz emanada pela auréola de luz atrás de sua cabeça.

 

― Levante-se! ― ordenou numa voz imperiosa, cheio de poder, que reverberava por todo salão do trono.

 

Em uníssono os Guardiões se levantaram seguidos pelos servos de alto nível presentes.

 

― A razão pela qual foram convocados é para testemunharem a cerimônia de juramento de lealdade ― seus olhos vagaram por todo salão olhando cada Guardião e subordinados. ― Mas antes disso, hoje, eu, Freyr Pendragon, Líder Supremo de Godheim, declaro o fim da Guilda Deuses da Espada!

 

Freyr bateu palmas e os vintes gigantescos estandartes com o brasão da Guilda que decoravam as paredes da sala do trono, desapareceu gradualmente em partículas de luz colorida.

 

Seguido pelas palavras de Freyr, houve uma comoção de vozes espantadas na sala do trono. Mesmo os Guardiões do Templo não podiam esconder o espanto e medo em seus olhos.

 

Freyr ergueu a mão regiamente, pedindo por silêncio, continuou a falar:

 

― A Guilda Deuses da Espada havia chegado ao seu fim junto com Arcádia! ― declarou. ― Nesse novo mundo cheio de belezas e perigos, precisamos deixar o passado para trás e seguir em frente, com um novo nome, uma nova organização! Ouça bem meus amados filhos! ―levantou-se estendendo os braços gloriosamente, como se fosse abraçar o mundo. ― As Terras da Morte está sob meu domínio e partir de agora será chamado de Reino de Asgard! Quando se referirem a mim, chamem-me de Rei Freyr Enar-Gunna Pendragon!

 

Ele bateu palmas novamente, e vintes novos gigantesco estandartes surgiram nas laterais do salão do trono com o brasão do Reino de Asgard: uma árvore branca segurando sobre os galhos uma cidade dourada sob um fundo vermelho.

 

Freya virou-se para os Guardiões e servos, levantando a mão direita ao peito, gritando com uma voz alta e clara:

 

― Saúdem Vossa Majestade, Freyr Enar-Gunna Pendragon! Jurem sua lealdade eterna ao nosso amado Deus!

 

Os Guardiões levantaram sua mão direita até o peito, jurando sua lealdade:

 

― Saudamos Rei de Asgard, Freyr Enar-Gunna Pendragon! Juramos nossa lealdade!

 

Juramentos iguais foram repetidos pelos servos presentes.

 

Os gritos apaixonados dos NPCs presentes reverberaram pelo salão do trono fazendo o ar estremecer. Todos estavam empolgados com a criação do Reino de Asgard.

 

Freyr olhou todos ao redor e sorriu satisfeito.

 

― Haverá muitas mudanças, mas por hora vou conceder o título nobre「Duque」para todos Guardiões do Templo!― todos guardiões presentes foram envolvidos por uma luz dourada ao receber seus respectivos títulos nobres. Depois seus olhos pousaram sobre sua amante. ― Princesa Silvyaluna Melankoli Demir Varriel lhe pergunto se irá jurar sua lealdade à mim?

 

Silvya deu um passo em frente e ajoelhou-se diante o começo dos degraus.

 

― Eu, Silvyaluna Melankoli Demir Varriel, Princesa do Clã da Noite Eterna, juro lealdade a ti, sob o nome da Deusa dos juramentos Yemir. Meu corpo, coração e alma, tudo pertence unicamente a ti, meu querido Deus da Guerra!

 

Uma voz arcaica e profunda soou em sua mente:

 

Princesa Silvyaluna Melankoli Demir Varriel jurou lealdade eterna ao Deus da Guerra. Você deseja aceitar sua lealdade?

Sim/Não?

 

Freyr desceu os degraus até Silvya, abaixou levemente seu corpo, beijando suavemente sua graciosa testa.

 

― Aceito sua lealdade e prometo cumprir seus mais íntimos desejos, lhe darei todo poder do mundo! ― Freyr falou amavelmente e materializou uma maçã dourada pulsando uma energia misteriosa. ― Essa é sua recompensa pelo documento de posse das Terras da Morte! Uma mordida é você ascenderá à divindade.

 

Silvya segurou o pomo dourado com suas mãos graciosas, sentido uma poderosa tentação de morder aquela maçã dourada, mas era relutante demais aceitar um presente tão divino. O que era um pedaço de terras quando comparado com algo que pode transformar uma pessoa em divindade?

 

Imersa naqueles pensamentos, sem perceber havia encostado seus cremosos lábios vermelhos no pomo dourado, dando uma suculenta mordida, sentindo um poder transcendental jorrando para dentro de seu corpo, elevando seu poder para um novo patamar, alterando seu corpo de dentro para fora.

 

Todo corpo de Silvya gradualmente começou irradiar um luz branca, disparando para o alto, explodindo em um clarão de luz cegante. Todos fecharam os olhos por causa da intensa luminosidade. Quando voltaram abrir os olhos encontraram uma mulher de uma beleza de arrebatar o fôlego. Do menor dos servos até os mais poderosos Guardiões do Templo suspiraram encantados por sua beleza demoníaca.

 

Sua pele branca como mármore polido adquiriu uma tonalidade rosado e cheio de vida, coberto por uma tênue luz branca. As pontas de seu cabelo branco como a neve adquiriu uma tonalidade azul cristalina.

 

Atrás de sua cabeça havia uma auréola herética, azul-cristalino, projetando espinhos. De suas costas se estendia um enorme par de asas como de um morcego, brancas, exalando um ar extremamente frio. E a partir de sua cintura havia duas pequenas asas de morcego.

 

Seus olhos vermelhos adquiriu uma cor mais intensa, brilhando misticamente.

 

Silvya já não era mais uma Vampira Ancestral. Graças ao pomo dourado ela transcendeu para uma raça que não era visto desde os primórdios do mundo.

 

Sua presença era inspiradora e ao mesmo tempo aterrorizante.

 

Ascensão concluída com sucesso! Vampiro Ancestral transcendeu para raça extinção:「Divindade Caída das Trevas」!

 

― Está mais bela do que nunca, Silvya ― disse Freyr pegando as mãos de Silvya. ― Diante todos presentes, concedo a ti o mais alto título nobre「Arquiduquesa」, e temporariamente assumirá o cargo mais importante de Asgard! Concedo o cargo de Mão Direita do Rei! ― Freyr colocou um belíssimo anel de ouro com o brasão de Asgard no dedo anelar de Silvya. ― Esse anel representará minha autoridade! Obedeçam a suas ordens como se fosse as minhas!

 

Os Guardiões do Templo e servos curvaram-se, saudando cordialmente aquela que seria a maior autoridade de Asgard depois de Freyr. Apesar de entregar um grande cargo de poder para alguém que não estava há muito tempo em Godheim, ninguém estava surpreso. Todos sabiam do amor de seu senhor pela bela princesa Silvyaluna.

 

Apesar de não estarem surpreso, não significava que eles a aceitavam em seus corações. Principalmente Freya que segurava com força o cabo de sua arma, ressentida pelo fato de perder seu lugar precioso ao lado de seu mestre para outra mulher.

 

Quando a raiva em seu coração estava preste a entrar em erupção, a voz de seu mestre ressoou pelo salão chamando seu nome.

 

― Freya por sua lealdade e amor por Godheim, concedo lhe o título nobre「Arquiduquesa」, e o cargo de Espada de Asgard! Somente o mais poderoso guerreiro do reino poderá receber esse cargo, pois repousará sobre seus ombros a responsabilidade de defender e representar o poder de Asgard!

 

Freyr tocou o belo rosto de Freya e brincou com seus lábios, beijando em seguida sua testa. Em seu dedo anelar colocou um anel vermelho com o brasão de Asgard, representado seu status como Espada de Asgard.

 

― Continue com seu bom trabalho Freya ― ele sussurrou no ouvido de Freya. ― Continue sendo a poderosa Valquíria que protege Asgard. Continue sendo essa poderosa mulher de sangue quente que sempre esteve ao meu lado. Recompensarei todo seu suor e sangue derramado por mim… Cumprindo seus mais íntimos desejos.

 

Freyr desenhou um largo sorriso e subiu os degraus de volta para seu trono, deixando para trás Freya que corava com todos os tons de vermelho.

 

Preciso ter cuidado com ela. Arrependo-me amargamente ter colocado no script de personalidade de sua criação, tendências psicopatas e masoquistas… Infelizmente não posso desfazer essas configurações… De todo modo tenho que assumir a responsabilidade, controlar suas ações de perto para que não acabe matando ninguém.

 

Freyr distribuiu vários cargos entre os Guardiões do Templo e servos presentes. Depois de tudo certo dispensou todos subordinados ficando apenas com seus leais constructo da guarda imortal, parados silenciosamente como estátuas heroicas.

 

Seus olhos azul-escuro fitava o nada, imerso em pensamentos, apoiando seu queixo sobre seus dedos entrelaçados.

 

― De Mestre da Guilda para Rei… Graças à minha doce rosa de gelo, minha conquista foi mais suave do que eu esperava ― seus lábios se curvaram em um sorriso. ― O palco está sendo montado e em breve as cortinas serão abertas. Mas, antes que as cortinas sejam abertas esconderei minha amada Godheim tornando-a invisível para o mundo. Agora me pergunto qual próximo movimento devo fazer? Que história será contada ao mundo?

 

Suas palavras ecoaram pela sala de trono.

 

Então um doce sussurro vindo das sombras respondeu:

 

― Para o mundo vamos contar a história de um Herói que lutou bravamente contra a terrível vampiresca que assombrava as Terras da Morte. Vamos contar ao mundo como você a derrotou e foi coroado rei pelas raças oprimidas das Terras da Morte.

 

Das sombras do trono ela saiu envolvendo Freyr em um abraço.

 

― Vamos contar uma mentira para o mundo, meu querido rei herói! ― Silvya falou com um sorriso brincalhão revelando suas presas.

 

― Uma mentira diabólica ― resmungou, segurando carinhosamente as mãos de Silvya. ― Como poderei te recompensar por tudo que está fazendo por mim?

 

― Já recebi de você mais do que poderia um dia sonhar ― respondeu ela ajoelhando-se aos seus pés, descansando sua cabeça sobre o colo de Freyr. ― Graças a você conheci o amor, um sentimento que julgava ser um sentimento tolo, irracional. Sem você viveria uma eternidade de solidão. Sem nunca conhecer esse doce sentimento que eleva meu ser.

 

Freyr permaneceu calado, acariciando os lisos cabelos de Silvya.

 

Naquele silêncio eles tramavam.

 

Uma trama que envolveria toda Nefoedd.

 

O palco estava sendo preparado e logo as cortinas serão abertas, apresentando ao mundo o rei herói que derrotou a terrível vampiresca.

 

O que vai acontecer a seguir talvez nem mesmo os deuses possa imaginar.

12 comentários em “Nefoedd (Reescrito): Capítulo 19

  1. Mais uma lida, gostei bastante, só na esperança que no próximo volume alguns personagens tenham mais destaque, tipo a garota raposa e a psicopata da Freya :D, não sei se vc já é casado ou não mas caso não seja vc é obrigado a se casar com alguma mulher que tenha nascido ou seja descendente dos Países Nórdico, pq você realmente ama essa cultura heuheuh, obrigado por mais uma boa Novel Magus ^^ no aguardo de mais caps e mais caps de Helgard tb XD.

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário