Histórias de um mago arco 4: Capítulo 22

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Magusgod: a imagem acima é de uma personagem de um jogo. Ela é imagem mais parecida de como imagino Arian.

Esse capítulo tem 4149 palavras.

Que todos tenham uma boa leitura!

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A Ressurreição do Herói de Argus!

 

 

 

 

Ponto de Vista Arian

 

 

 

Vossa Majestade, Ellena Argus, olhava todos aristocratas da corte com desprezo indisfarçável. Escutava o murmurio interminável do debate sobre a ameaça do Império Demoníaco – é ficariam discutindo por dias se assim fosse possível.

Nossas forças haviam perdido o leste, perdemos muitos bons homens, mas as perdas do império demoníaco foram muito maiores. Eles haviam conquistado o leste, mas não sem pagar um grande preço.

Literalmente, tiveram uma vitória amarga, sangrenta e humilhante.

Não havia maior desonra para o Imperador do que perder metade de seus homens para conquistar apenas uma parte do território inimigo. Agora seu exército marchava rumo a capital com desejo de vingança. Trazendo uma promessa de morte e destruição. Prometendo que varreriam das páginas dos livros de história tudo sobre Argus e suas conquistas. Que qualquer um que falasse o nome de Argus e seu povo teria a língua arrancada e sofreria uma série de torturas terríveis…..

Sim. O próprio Imperador, Angor Dunkerlrot Lucinael, havia mandado uma longa carta bem escrita de cinco páginas descrevendo como esmagaria nosso “pequeno reino” . Eu tive que ler as cinco páginas em voz alta para Vossa Majestade. Depois tive que escrever uma carta com dez páginas em nome de Vossa Majestade, descrevendo como vamos pisar em cima de seu império e escravizar seu povo…..

….Bem, recebemos uma nova carta de vinte páginas do imperador demoníaco.

O conteúdo era basicamente o mesmo, com adição de novas palavras e formas de tortura e humilhação que nosso “povo indigno” sofreria. Conhecendo Vossa Majestade, terei que escrever uma carta com cinco ou dez páginas a mais do que a enviada pelo imperador.

Ser o Braço Direito da Rainha não era uma tarefa fácil – ainda mais quando eu tinha que resolver assuntos de estado em seu lugar.

De todo modo, todos aristocratas importantes do reino e diplomatas de vários reinos estavam reunidos no Salão do Trono. Todos acreditavam que estavam aqui para decidir o futuro que o reino tomaria. Mas, mal podem imaginar que o futuro do Reino já havia sido decidido. Eles eram apenas necessários como plateia para testemunhar o “show” que aconteceria em breve.

Hoje é o dia em que Lyam enfrentará a rainha. Contudo, para ele não era o suficiente apenas apresentar-se ao público e dizer que não estava realmente morto. Ele usaria essa chance para fazer um “bom show” e criar uma lenda que seria contada por milênios até se tornar um mito.

Você pode não entender agora, dissera ele para mim com aquele tipico sorriso convencido. Mas vai entender no futuro. A força de um reino está em suas histórias, tradições e a cultura do povo. Quero deixar um legado que será lembrado para sempre. Que irá inspirar o povo da futura nação nos momentos mais difíceis.

Eu havia dito que um legado construído na base de uma farsa, era como um castelo de areia. Não duraria muito tempo.

Tudo que ele respondeu foi: uma mentira contada mil vezes se tornará uma verdade.

Embora não soubesse que tipo de “show” ele pretende realizar, tinha certeza absoluta que a farsa seria revelada um dia.

A verdade sempre prevalece….Na maioria dos casos.

O Salão do Trono vai ser o palco desse show planejado. Em ambos lados do Salão do Trono havia seis Gigantes de Aço, ajoelhados, com suas pomposas blindagens de uma tonalidade azul profunda. Mantos com o brasão da Ordem da Lótus Azul.

Esses gigantes de aço eram especiais, modelos diferentes daqueles fabricado em massa, modelos exclusivos do reino.

Eles eram meus Cavaleiros Mecanizados, parte da Ordem da Lótus Azul – uma Ordem especial fundada por mim com objetivo de garantir a segurança e ordem da Capital Real e manter olhos bem atentos na Ordem dos Argonautas.

Apesar da Ordem dos Argonautas ser extremamente leais ao “reino” e ao seu fundador, nada garantia que continuariam sendo assim no futuro. Eles tinham poder demais em suas mãos, e uma organização com muito poder nas mãos pode acabar sendo corrompida.

Era o dever da Ordem Lótus Azul prevenir que isso não acontecesse.

Com o retorno de meu amado, acreditava que não havia mais risco desse cenário acontecer – por que a Ordem dos Argonautas são uma extensão de sua vontade. Suas palavras são leis absolutas para os membros da Ordem dos Argonautas.

Contudo, logo descobri que Lyam tinha planos para Argus e para o mundo.

Ele desejava ser rei….

Não só de Argus, mas de todo continente leste.

A princípio acreditei que ele estava apenas brincando comigo, mas então me lembrei que ele havia se tornado uma espécie de “Deus do Mal”, então havia poucas coisas que eram impossíveis para ele.

Qual minha opinião sobre o desejo de Lyam de conquistar o mundo?

Eu sempre fui uma pessoa simples apesar de toda riqueza que me cercava. Não tenho grandes ambições. Para mim, apenas ter meu dever como Mão Direita da Rainha e cuidar de meus filhos, com Lyam ao meu lado, seria mais do que suficiente para mim.

Uma simples e tranquila vida era tudo que eu desejava.

Diferente de mim, Lyam sempre foi uma pessoa gananciosa – desde aprender magia até em seus relacionamento amorosos.

Sempre em movimento, com uma sede insaciável de conhecimento e riquezas.

Sinceramente, não entendia por que ele desejava tanto conquistar o mundo. Não era melhor apenas dedicar seu tempo com nossa família?

Eu, como sua mulher, vou apoia-lo em seus sonhos. Mas, mesmo assim, não posso deixar de ficar um pouco ressentida.

Não desejo “o mundo aos meus pés” como ele havia prometido a mim. Tudo que eu mais desejava era que ele parasse por um instante, respirasse fundo, e pensasse como seria ter uma vida simples e tranquila ao invés de honras e glória.

Sim. Eu sei. Meu desejo simplesmente é risível.

Ele nunca vai parar, sempre seguirá em frente, cada vez mais rápido e mais rápido. Meu maior medo, acredito que seja o medo de toda nós, é não ser capaz de acompanhar o rítimo de Lyam e um dia ser deixada para trás.

Atualmente esse era meu único medo.

 

 

>>>><<<<

 

 

Um longo suspiro da rainha me fez voltar aos meus sentidos.

― Algum problema Vossa Majestade? ― perguntei, olhando a rainha.

― Aquele garoto pretensioso está demorando ― respondeu ela franzindo a testa. ― Espero que ele não tenha se acovardado. Estava ansiosa por esse dia. Pelo dia que vou poder liberar parte de meu verdadeiro poder….É dar uma lição nesse garotinho sem vergonha kukuku.

― O conhecendo bem, deve estar esperando o momento certo para fazer uma entrada triunfal ― com um leve sorriso acrescentei: ― Rezo para que Vossa Majestade possa lhe ensinar uma lição. Ele precisa de alguém que possa colocar um freio em suas ambições.

― Se há algo que aprendi ao longo dos meus séculos de existência ― disse a Rainha com um olhar distante. ― É que pessoas como ele nunca desistem de suas ambições. Mesmo que isso signifique arriscar a própria vida….Acredite ou não, você e aquelas jovenzinhas apaixonadas, são as correntes que prendem ele a esse mundo, que o mantém humano….Apesar de ter se tornado uma coisa bem perigosa.

― O que você quer dizer com ele se tornou uma “coisa bem perigosa”? ― perguntei.

― Você é uma tola criança que nem pode se quer imaginar a existência aterrorizante que o garoto se tornou ― disse ela. ― Ele tem dentro de si Seis Essências Divinas, dando lhe poderes que vão além da compreensão mortal. Até mesmo os Deuses são incapazes de compreender totalmente a existência de um Chaos Ruler.

Ela fez uma pausa e ajeitou-se no trono vermelho – quase deitando preguiçosamente no trono.

― Ao longo da história surgiu três Chaos Ruler que ficaram conhecido como: Tha na trì mòr nathraichean an dubh-aigein (as Três Grandes Serpente do Abismo). A primeira grande serpente foi criado por um grande Clã de Imortais Celestiais. Logo após seu nascimento, não podendo conter seu poder, destruiu esse grande Clã de Imortais Celestiais e seus domínios, aniquilando milhares de mundos….A primeira grande serpente só foi parado quando os Cinco Grandes Clãs Divinos uniram suas forças e a destruíram..Assim pensaram até milênios depois surgir a Segunda Grande Serpente…

Nesses anos servindo a rainha acabei descobrindo que ela era uma existência de um plano superior. Muitas vezes ela me contava sobre os mundos superiores, de seus horrores e belezas, dos épicos contos, mitos, lendários tesouros que fazem mundos entrarem em guerra.

A partir dessas histórias eu soube o quão pequeno e insignificante era nosso mundo – apenas um entre trilhões de outros pequenos mundos.

― Eles pensaram que haviam destruído completamente a Primeira Grande Serpente, mas deixaram escapar uma pequena fagulha de sua essência divina, que mais tarde acabou dando origem a Segunda Grande Serpente. Nessa época muitos Clãs Divinos foram destruídos. Mesmo os grandes Clãs Divinos juntos eram incapazes de derrota-lo. Bem, foi ai que um poderoso Deus Demônio Cósmico interveio e salvou a porcaria do universo, destruindo definitivamente a segunda grande serpente. Bem, sobre a terceira grande serpente, ninguém sabe de que merda de mudo ela surgiu, mas como seus predecessores, fez um belo estrago. Diferente de seus predecessores ela não poderia ser destruída e evoluiu para uma <Queen of the Abyss> e lutou contra Deuses e Demônios Cósmicos até ser derrotada e selada no Grande Abismo. Ela ficou conhecida como Senhora do Abismo, Nix.

 

― Então….Lyam terá o mesmo destino que os Chaos Ruler anteriores? ― perguntei, aflita.

― Se fosse qualquer outra pessoa eu responderia: sim. Contudo, estamos falando do garoto e sua sorte e tão grande que tudo é possível. Diferente de seus predecessores, ele não enlouqueceu e mantém sua humanidade. Sinceramente, estou curiosa para ver se ele irá transcender de um Chaos Ruler para um <King of the Abyss>!

Uma luz estranha brilhava em seus olhos verde selvagem.

Permaneci em silêncio. Olhos distante. Preocupada com a possibilidade de Lyam um dia no futuro perder o controle e destruir tudo ao seu redor.

Logo os ânimos ficaram exaltado entre os os nobres da corte.

― Parece que o show acabou de começar ― disse a Rainha com um sorriso divertido. ― Vamos ver o que o garoto planejou para essa rainha kukuku.

Assenti com a cabeça e mudei meu foco para os aristocratas da corte.

 

 

>>>><<<<

 

 

A longa discussão entre os nobres da corte se tornou cada vez mais acalorada. Quando parecia que eles começariam uma briga, muitas vozes começaram a clamar por um nome.

― Se o grande Mago Santo Lym estivesse aqui, com certeza ele teria um modo de salvar o reino!

― Verdade! Óh, deuses por que tiraram de nós tal nobre pessoa!

― …..Se Argus tivesse um rei…Um rei como aquela nobre pessoa….Quão grande seria Argus? Quem ousaria olhar nossa nação com desprezo? Qual reino teria coragem de declarar guerra contra nós?

Após essas palavras inciais, muitos aristocratas começaram a concorda e gritavam as mesmas palavras, criando um clamor de vozes que ecoava pelo Salão do Trono.

Essas pessoas que se manifestavam eram aristocratas de prestígio.

Normalmente jamais teriam dito tais palavras desafiadoras diante a rainha. Sabiam bem que essas palavras eram um convite para serem decapitados. Contudo, lá estavam eles gritando essas palavras com toda força de seus pulmões, o que significa que eles tinham uma figura poderosa apoiando suas ações.

Não era segredo para mim quem era a pessoa que estava apoiando suas ações.

No meio da multidão de aristocratas, se destacou uma jovem de longo cabelo vermelho, como fogo ardente, vestindo um luxuoso vestido com uma saia longa cheia de babados. Por onde ela passava, homens e mulheres, eram arrebatados por sua beleza sedutora.

― Lady Lanfloryus!

Exclamaram vários nobres da corte.

Nos últimos meses ela e seu “marido” Lucius Einloflt haviam conquistado bastante influência dentro de Cysgod. Eram donos de quase metade da área comercial e seus restaurantes e oficinas eram bem populares.

Claro. A verdadeira identidade do casal não era outro se não Lhachar e Lyam.

Algo que me surpreendia em toda essa história, foi ele conseguir transformar Lhachar, uma grande guerreira sem modos, em uma delicada senhorita da alta nobreza.

Realmente, Lyam não foi consagrado “Santo” atoa. Ele sabe como realizar milagres.

― Honoráveis senhores e senhoras ― disse ela num tom de voz alto, cheio de um charme sedutor. Sua expressão era um pouco tímida e havia um pouquinho de hesitação em sua voz. Se eu não a conhecesse até poderia ser enganada por essa atuação. ― Me pergunto se alguém entre vós tiveram estranhos sonhos durante essa semana?

Para sua pergunta muitas pessoas arregalaram o olhos em choque.

― Na noite passada eu tive um sonho… ― disse um velho nobre, destacando-se da multidão . ―…..Lembro de um segundo sol aparecer no céu….Não. Não era um segundo sol. Era um cidade radiante que flutuava sobre Cysgod e dela ouvi o som de trombetas…

― Anjos ― continuou uma senhora nobre. ― O som de trombetas retubavam pelo céu e anjos mecanizados deixavam a cidade dourada com espadas em chamas e proclamavam….

― “Rogue ao grande Deus, Lhyham, aquele que tem seis face, pelo retorno do herói que sacrificou sua vida pelo mundo. Rogue aos céus quando os principais poderes estiverem presente diante a Rainha Dragão e Lhyham ouvirá o anseio do nobre povo de Argus”.

Em um ato, Lhachar, levantou as delicadas mãos trêmulas até a boca e arregalou os olhos cheio de choque.

― Esse sonho….Eu sonhei com tudo isso por semanas…. ― lágrimas falsas escorriam por seu rosto. ― Será que se suplicamos aos céus, realmente seremos ouvidos? Poderá o ilustre herói de Argus ressurgir dos mortos e salvar o reino mais uma vez?

Sua voz repleta de emoção contagiou todos ao redor, enchendo o coração de todos ao redor com um sentimento único.

― Interessante ― murmurou a rainha com um sorriso estranho. ― Ele está tentando implantar uma nova religião para arrecadar poder de existência dos mortais. Ele realmente é um garotinho bem guloso kukuku.

Não havia entendido aonde ela queria chegar. Nem tive tempo para refletir sobre suas palavras. Todos ao redor de Lhachar se ajoelharam, mãos unidas em uma prece e olhos voltados para o céu.

Um por um, começaram a clamar pelo retorno do Herói de Argus.

Eram poucos, mas com o decorrer do tempo, novas vozes se uniram ao coro e logo não havia uma única pessoa em pé dentro da salão do trono – com exceção de mim e alguns membros da Ordem da Lótus Azul.

Seus olhos eram preenchido com uma adoração irracional.

― Que loucura…..

Antes que pudesse terminar de falar, o som de trombetas ressoaram pelos céus fazendo o ar vibrar e a terra estremecer. É todos que ainda estavam de pé, caíram de joelho e começaram suplicar aos céus. Cada nota do som da trombeta continha um poder majestoso. Hipnótico. Fazendo as pessoas entrar em um estado de êxtase e de veneração.

Minhas pernas perderam a força e tive que me apoiar no trono para não cair de joelhos. O som enchia meu coração e cabeça de uma sensação de paz. Uma sensação doce e quente, igual aos dedos de uma pessoa amada tocando seu corpo. Uma sensação irresistível que fazia nos querer submeter de corpo e alma….

Felizmente, por ser uma <Divindade Espírito das Águas>, era capaz de resistir aquele poder opressivo.

― O que foi isso? ― perguntei, após voltar aos meu sentidos.

― Magia Divina de um Senhor da Luz,【Trombeta da Adoração】 ― respondeu a rainha. ― O som da trombeta tocada agora, continha um cântico divino que afeta temporariamente o corpo e alma do ser vivo que ouvir. Se eu estiver certa, quase todos habitantes de Cysgod está sob o efeito dessa magia.

Ao cessar do som de trombeta, as imensas portas do Salão do Trono se abriram sozinha, revelando um cenário de tirar o folego. Do outro lado da porta não estava o cenário que estou acostumada a ver durante essas duas décadas. Do outro lada porta estava um outro mundo. Um mundo místico. Conectado por uma escadaria em espiral de ouro até uma ilha flutuante, aonde se erguia uma majestosa e radiante cidade de torres altas.

Uma voz imponente e cheia de poder, vindo de um colossal palácio de mil torres, reverberou pelo salão do trono.

― Ouvi suas súplicas, nobre povo de Argus e vou lhes conceder o que desejam. Aquele qual clamam como Mago Santo terá a morte revogada e com ele deixarei a grande responsabilidade de guiar o mundo para luz da sabedoria. De frente ao mal, não deixem vossos corações se acovardar. Ergam a cabeça e andem com orgulho, ajudem as pátrias amigas, por que todos vós são irmãos…..

Em meio as palavras cheio de amor e bondade, percebi que ele estava instigando no coração de todos presente a ideia da criação de um reino unificado. Se eu não soubesse que tudo isso era parte do plano de Lyam, sem dúvidas teria caído nessa armadilha.

― Essa será a primeira e última vez que vou interceder por vosso nobre povo. Que a luz da Ordem e Progresso guiem suas almas e corações para um mundo melhor e mais justo!

Os colossais portões da cidade radiante se abriram lentamente. Dos portões surgiu uma procissão de santos vestindo mantos bracos e rostos coberto por um véu. Atrás das cabeças flutuava uma auréola de luz branca. Seguravam gloriosos cetros de ouro cravado de gemas preciosas, cobertos por uma tênue luz sacra.

Havia uma centena deles, todos homens santos, liberando uma aura natural daqueles pertencente a uma existência superior.

― Tudo isso parece bem real ― disse a rainha de repente, sua voz estava repleto de humor. ― Mas, quase tudo é uma ilusão. Aquele outro mundo após a porta é um espaço-dimensional criado pelo garoto e aquela ilha….Bem, aquela ilha flutuante é real, mas a cidade e aqueles homens de branco são ilusões.

Eu arregalei os olhos surpresa.

Independente das magias que usei para observar-lo, tudo para mim parecia bem real.

A procissão continuou e logo ficou claro que aqueles santos escondido pelo véus eram gigantes com mais de dez metros de altura. Sua altura imponente lançava um temor e adoração ao coração de todos presente.

Eles pararam de frente a entrada do Salão do Trono, se ajoelhando ao redor da escadaria de luz, abrindo passagem para um gigante de manto carmesim e rosto escondido por um véu – suas mãos eram protegida por uma luva de ouro em forma de garras, incrustado de gemas preciosas, assim como as botas dourada que ele usava.

Quando mais ele se aproximava da entrada do salão do trono, mais a temperatura ambiente aumentava, como estivéssemos diante chamas de mil forjas.

Atrás dele havia a imagem ilusória de um glorioso sol e duas imponentes asas.

Aqueles gigantes de mantos brancos começaram a bater o cabo de seus cetros contra a escadaria de ouro. Cantaram louvores digno de uma balada épica. Era uma música celestial, doce aos ouvidos, enchendo os corações das pessoas de um espirito heroico.

Quando o gigante de manto carmesim chegou na entrada, retirou o véu que cobre seu rosto.

Ao ver a verdadeira aparência do gigante, muitas pessoas gritaram surpresas.

― …..Ele é….Mago Santo…..Lyam!

― Nosso Herói retornou!

― É um milagre de Deus!!!

― Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam!Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam! Lyam!

De repente um clamor de vozes exaltadas reverberou pela Sala do Trono.

Ele entrou no Salão do Trono e conforme as portas se fechavam sozinha, seu tamanho foi diminuindo até ficar do tamanho de uma pessoa normal.

― Meus caros amigos! ― disse Lyam com um imenso sorriso. ― Estou de volta, graças a suas súplicas. Prometo que vou fazer o melhor de mim para o bem…..Do povo e do reino! A partir de hoje vou proteger o Reino com os poderes concedidos pelo piedoso Deus Lhyham! Esmagarei todos aqueles que desejam vosso mal! Ouça bem nobres presente! Hoje é o dia em que Argus renascerá, mais forte e gloriosa! Por que eu estou de volta e levarei o Reino para uma nova era de glória e prosperidade!

Após seu discurso reinou o silêncio.

A expressão de todos era de veneração.

Um por um começou a bater palmas até se transformar em um estrondo ensurdecedor.

― Chega de papo furado garoto! ― disse a rainha erguendo-se do trono, interrompendo os aplausos. ― Eu ainda sou Rainha! ― e acrescentou friamente: ― É pretendo continuar sendo uma.

― O povo clama por um rei! ― disse ele com uma expressão piedosa, mas seus olhos o traiam, revelando um forte desejo de batalha. ― É pretendo realizar a vontade do povo! Vossa Majestade, aconselho você abdicar o trono pacificamente….

Antes que ele pudesse completar suas palavras. A rainha surgiu de repente sobre ele, tão rápido que meus olhos mal puderam acompanhar sua velocidade. Ela moveu sua mão como um borrão indistinto, desferindo um golpe com a mão direita em forma de garra.

É esse ataque era como o ataque das garras de um gigantesco dragão antigo.

O poderoso golpe de garra desceu que nem um raio, lacerando a camada do espaço-tempo, mas tudo que cortou foi uma pós-imagem de Lyam e destruiu o piso do palácio. Ela torceu o corpo e desferiu um chute feroz contra Lyam que havia aparecido atrás dela, mas novamente apenas atingiu uma pós-imagem.

Em apenas um piscar de olhos, eles trocaram centenas de golpes. Cada golpe era preenchido com tirania e uma capacidade de destruição aterrador.

No último golpe da rainha, Lyam contra atacou com um soco.

Os dois golpes colidiram. Um som que lembrava milhares de trovões ressoou pelo salão do trono. Seguido por terríveis flutuações de energia que criaram uma onda de choque, quebrando as vidraças e peças de cerâmica do palácio.

Rachaduras surgiram na estrutura do salão do trono.

Uma única colisão de golpes foi quase o suficiente para colocar abaixo o salão do trono!!!

Os nobres só não foram esmagados pela onda de choque, por que estavam sendo protegidos por uma forte barreira que eu havia conjurado ao redor de todos.

Eu era uma mulher forte. Uma das mais poderosas do continente leste. Mas….Aquela colisão entre os dois golpes de pura força bruta estava em um nível além desse mundo.

Ambos foram forçados a dar dois passos para trás depois da troca de golpes.

― Oh! Melhorou bastante desde a última vez! ― exclamou a rainha.

Lyam respondeu com um sorriso provocador.

― Já que insiste em não abdicar do trono, te desafio a um duelo pelo trono de Argus e…..Que se torne minha mulher!

― Me vença e terá tudo que desejar…Até mesmo o corpo dessa rainha!

Eles sorriram um para o outro.

O sorriso de dois sádicos.

A rainha assumiu sua forma adulta, exalando uma aura dominadora acompanhado por uma rajada de neve. Como o vestido que ela usava era mágico, moldou-se conforme o corpo dela crescia, acentuando cada curva de seu corpo.

Em sua mão segurava uma requintado machado de lâmina dupla prateado, cuja superfície da lâmina era coberto por raios.

O espaço ao redor da rainha o espaço era distorcido e a arma exalava uma terrível aura de abate.

― …..Um arma Astral…. ― murmurou Lyam, surpreso.

― Você não é o único na posse de uma arma Astral ― disse a rainha numa voz madura. ― Não quero perder tempo, garoto. Use seus poderes e abra um portal para o local do duelo. Você já fez todos preparativos, certo?

Lyam riu e com um gesto casual de sua mão a camada do tempo-espaço foi cortada, abrindo um portal direto para o mar de Éxallos.

Asas de dragão surgiu das costas da rainha e ela voou diretamente para o porta.

― Logo voltarei, amor ― disse ele, piscando para mim. ― Enquanto isso, pode começar os preparativos para minha cerimônia de coroação.

― Tem certeza que pode derrota-la? ― perguntei, andando até ele.

Minhas mãos pousaram em seu rosto, acariciando gentilmente.

― Sim! ― respondeu ele, confiante, erguendo a cabeça de forma altiva.

―…Mentiroso… ― murmurei baixinho, sabia bem que ele não estava tão confiante. ― ….Não se esforce demais, certo?

Ele sorriu com carinho, e como sempre, ficamos naquele clima de rosas olhando docemente um para o outro.

―…Ahen…. ― pigarreou Lhachar, aproximando-se de nós, sorrindo maliciosamente. ― Não que eu esteja com ciúmes, mas não acho que esse seja o momento adequado para ficar flertando. Venha, me permita lhe dar um beijo da sorte.

Lyam agarrou a cintura de Lhachar e deu um longo beijo apaixonado – sem qualquer vergonha, ele esfregava a mão na bunda gorda de Lhachar.

Eu bufei, irritada.

― Cade me beijo da sorte, amor? ― perguntou Lyam.

Seus olhos apaixonados queimavam de desejo.

― Peça para Lhachar! ― falei com raiva, dando as costas para ele. Mas então suspirei e me virei sobre os calcanhares e pulei em seus braços, abraçando-o com força, pressionando meus seios contra seu peito. Ele me abraçou, seguido por um beijo cheio de carinho. ― Pronto! Agora vá e….Perda!

― Vencerei por todas vocês e pelo povo! Fufufufu!

Após dizes essas palavras, Lyam se lançou ao céu, como uma raio dourado, voando em direção ao portal.

É assim começou a luta pelo trono de Argus.

3 comentários em “Histórias de um mago arco 4: Capítulo 22

  1. Os 3 meses meio que me deram um reset no cerebro kkkk.
    Eu já estava me programando pra começar a reler do zero qdo vi que vc voltou. Então… Bem Vindo de volta.
    E quanto a Nix, de alguma forma esse nome não me é estranho. Talvez desta ou de outra novel já escrita. Então se ela já chegou a aparecer tem como dar um resumão ou dizer onde ela aparece SE ela aparece. Como já disse eu tenho a sensasão que ela ja foi citada. é isso que o povo chama de dejavu?kkkkkkkkk

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